O que significa 'resistir ao mal, à injustiça e à opressão'?

Nesta foto de arquivo de 2013, a Revda. Eunice Musa Iliya (à direita) participa de uma vigília do Dia Internacional da Mulher, patrocinada pelas Mulheres Metodistas Unidas. Foto de Kristina Krug, cortesia das Mulheres Metodistas Unidas.
Nesta foto de arquivo de 2013, a Revda. Eunice Musa Iliya (à direita) participa de uma vigília do Dia Internacional da Mulher, patrocinada pelas Mulheres Metodistas Unidas. Foto de Kristina Krug, cortesia das Mulheres Metodistas Unidas.

Em nossos votos batismais, os Metodistas Unidos comprometem-se a "renunciar às forças espirituais da iniquidade, rejeitar os poderes do mal deste mundo" e "resistir ao mal, à injustiça e à opressão sob quaisquer formas em que se apresentem".

Desde os primeiros tempos, os votos do batismo cristão começaram com a renúncia ao mal e depois a profissão de fé e lealdade a Cristo.

A renúncia ao mal está enraizada nas Escrituras. Em Romanos 12:9, somos ensinados a: "Amar sem ambiguidade, odiando o mal, apegando-se à verdade". Amós 5:15 também diz: "Odeie o mal; ame o bem. Mantenha a justiça nos tribunais".

Amar e odiar não são vistos nas Escrituras como meras atitudes, mas são entendidos como sempre incorporados na ação real. O verbo em Romanos 12 para o ódio, em particular, significa odiar violenta ou especificamente, abominar tão completamente, até que alguém tenha ação contra o objeto de tal ódio (o próprio mal). Somos chamados a agir com firmeza contra o mal que pode motivar, pré-condicionar ou, em alguns casos, causar as ações que outras pessoas possam adotar.

No entanto, isso não garante violência contra outras pessoas. Jesus é claro como devemos tratar aqueles que agem com o mal contra nós: ame-os, ore e faça o bem até àqueles que nos perseguem. (Mateus 5:44).

Um tema persistente, especialmente no Antigo Testamento e através dos profetas, é o constante apelo a resistir ao mal, a acabar com práticas econômicas injustas e tribunais injustos e com a opressão ou com a falta de cuidado com os vulneráveis - viúvas, órfãos e estrangeiros na terra.

Os 10 mandamentos também deixam claro que devemos resistir ao mal como ele se apresenta a nós, e o restante dos códigos de justiça no Antigo Testamento (Êxodo, Números e Levítico, em particular) deixam claros os custos sociais de não se fazer isso.

Toda essa história bíblica e batismal é a razão pela qual os Princípios Sociais frequentemente chamam os Metodistas Unidos a agir para resistir ao mal, injustiça e opressão. Somos chamados a testemunhar contra o racismo  e abolir a desigualdade e a discriminação, rejeitar os sistemas de justiça criminal com base em políticas e práticas racistas e trabalhar pela justiça restaurativa, falar contra o uso irresponsável dos recursos da terra  e nos tornarmos bons mordomos da criação de Deus, e nos opormos guerra e trabalho pela paz com a justiça.

Lembre-se de que os metodistas na Inglaterra tiveram um papel importante na abolição da escravidão, na criação do movimento operário e na reforma radical da justiça penal e do código penitenciário de todo o império britânico. Os metodistas não apenas evitaram o mal em suas próprias vidas, eles se organizaram e trabalharam com outras pessoas para combatê-lo como aparecia na sociedade em geral.

Os Metodistas Unidos hoje, como servos de Cristo, são enviados ao mundo para se engajar na luta por justiça e reconciliação.

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*Este conteúdo foi produzido por Ask The UMC (Pergunte à UMC), um ministério da Comunicações Metodista Unida.

**Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para IMU_Hispana-Latina@umcom.org

 

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